Como Harmonizar Churrasco e Vinhos


Explorar a arte do churrasco vai além da seleção de carne e temperos. Sem dúvida, é uma paixão nacional que há um dia especial só para celebrá-la, hoje (24/04), é comemorado o Dia do Churrasco. Cada detalhe, desde o corte escolhido até a técnica de cozimento, influencia no resultado final. E quando se trata de aprimorar essa experiência, a harmonização entre carnes e vinhos desempenha um papel crucial.

Ao selecionar vinhos para acompanhar cortes como picanha e costela, é fundamental considerar características como acidez e presença de taninos para equilibrar a gordura e textura das carnes.

Uma boa dica é considerar a experiência que se quer destacar. O tempero pode variar de acordo com o que se quer ressaltar na carne, se é o sabor mais puro do corte, ou uma diferenciação de sabores com o uso de temperos. Os vinhos podem ser selecionados de acordo com essas particularidades. Para combinações acertadas, acompanhe as dicas:

→ Picanha com Cabernet Sauvignon:

Com um corte suculento e muito apetitoso que conquista com seu sabor marcante e inconfundível, a picanha é a queridinha dos brasileiros. É uma peça que se destaca por trazer uma camada generosa de gordura na parte de cima e também apresenta uma quantidade adequada de gordura entremeada na carne, conhecida como marmoreio, sinônimo de suculência, maciez e sabor.

Trata-se de uma carne versátil e prática que pode ser preparada de diversas formas, mas deixá-la ao ponto e temperá-la com sal grosso já garante uma experiência saborosa.

Por ter a gordura como uma característica marcante, é importante escolher um vinho com acidez marcante, que auxilie a limpar a gordura do paladar. Outro ponto de atenção são os taninos, que precisam ser presentes e macios para quebrar a fibra da carne. Essa união de acidez alta e boa presença tânica vai combinar perfeitamente com a suculência da carne.

Exemplares elaborados com as uvas Cabernet Sauvignon, Malbec, Nebbiolo e Tannat são ótimas opções para acompanhar essa peça. 

→ Costela com Sangiovese:

Uma boa sugestão de preparo de costela, para garantir sua suculência e sabor, é embrulhá-la no papel alumínio e colocá-la na churrasqueira com a parte do osso para baixo. Temperos como ervas finas, pimenta do reino, páprica defumada e alho dão um toque especial, deixando a carne ainda mais saborosa.

Por se tratar de uma carne bastante gordurosa fibrosa, é importante escolher vinhos tintos mais tânicos e com boa presença de acidez para ajudar a quebrar as fibras da carne e também a limpar o paladar. Uma boa dica são vinhos elaborados com as uvas Syrah, Tannat, e vinhos italianos elaborados com a uva Sangiovese.

→ Contrafilé com Malbec:

O contrafilé é um corte robusto conhecido como pertencente à “família real” dos cortes bovinos, apresenta textura firme, suculência, fibrosidade, sabor acentuado e gordura intramuscular, sendo uma carne muito apreciada por quem ama churrasco.

Por ser um corte que geralmente tem mais fibra e não é tão gorduroso, é importante escolher vinhos tintos mais encorpados, com taninos mais marcados e acidez média, como os clássicos Malbec argentinos, ou até mesmo os Tempranillo de Rioja, na Espanha.

→ Cupim com Carménère:

Uma carne para churrasco super querida pelos brasileiros, o cupim conquista os paladares com sua gordura entremeada nas fibras, sabor acentuado e maciez. Para além do preparo lento que deixa a carne macia, o toque especial são os temperos usados, como tomilho, louro e pimenta do reino, que conferem um sabor a mais à carne.

Exemplares que têm notas herbais e de especiarias, como os elaborados com as uvas Carménère, Cabernet Franc e Cabernet Sauvignon, principalmente os chilenos, são ótimas opções para harmonizar com o cupim.

Comentar

Postagem Anterior Próxima Postagem