O dólar à vista voltou a subir frente ao real nesta quinta-feira (11/04) e fechou perto da máxima do dia, com o mercado ainda se ajustando a um cenário de menos cortes de juros pelo Fed neste ano, após o CPI divulgado ontem ter superado as estimativas dos economistas pelo terceiro mês seguido.
O PPI publicado hoje veio pouco abaixo do esperado, mas não foi suficiente para alterar o pessimismo do mercado em relação ao cenário para a política monetária americana. A presidente do Fed de Boston, Susan Collins, ressaltou hoje que “números de inflação do 1º trimestre realmente ficaram acima do que eu esperava”, acrescentando que o Fed precisa uma “abordagem paciente”.
Ainda lá fora, o euro perdia terreno para o dólar após a presidente do BCE, Christine Lagarde, afirmar que o BC europeu não vai esperar o Fed e nem a inflação europeia alcançar os 2% para iniciar os cortes de juros por lá, depois da decisão do BCE de manter os juros na reunião de hoje.
Por aqui, o dólar chegou a recuar na abertura diante dos números fortes de vendas no varejo, que levaram o mercado doméstico a avaliar que o Copom deverá encerrar o ciclo de queda da Selic mais cedo, com a taxa terminal em torno dos 10%.
Se confirmado esse cenário, o “carry trade” continuaria favorável para o investidor estrangeiro, mesmo com o adiamento nos cortes de juros pelo Fed.
O dólar à vista fechou em alta de 0,24%, a R$ 5,0906, perto da máxima do dia (R$ 5,0916). Na mínima, marcou R$ 5,0587.
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